Glossário de Assessoria de Comunicação:
Mailing Seletivo = Relação das informações sobre um espectro segmentado dos veículos de Comunicação que interessam a uma assessoria de imprensa. Deriva do paulatino movimento de especialização da mídia. O antigo mailing list, de caráter abrangente, dá lugar a uma seleção na qual são identificadas as instâncias decisórias da cobertura de cada núcleo temático do Jornalismo: Economia, Cultura, Política, etc.
Máster of Business Communication (MBC) = Modalidade de Pós-graduação em Comunicação Empresarial, cada vez mais comum entre as possibilidades de treinamento oferecidas a quem trabalha em assessorias de Imprensa e Comunicação. O MBC, normalmente, é realizado em 360 horas/aula, com apresentação de monografia final. Os conteúdos são abrangentes e percorrem uma gama de assuntos correlatos: Teoria da Comunicação, Redação Empresarial, Comunicação Digital, o Poder nas Organizações, entre outros.
Mídia Training = Atualmente, o termo designa cursos encomendados pelas assessorias de Comunicação, com o objetivo de otimizar o contato com as fontes da empresa com a mídia. Contempla “sabatinas”, laboratórios diversos e palestras conceituais, que municiam as fontes com dicas e conhecimentos básicos para o relacionamento com a mídia.
Newsmaking = Corrente teórica, de caráter sociológico, fortalecida na década de 70, que aquilata a importância da cultura profissional dos jornalistas, da organização do trabalho e dos processos produtivos das rotinas produtivas na formação da agenda jornalística (WOLF: 1995, p.169).
Newspeg = “Gancho” que atualiza informação, permitindo que ela se torne notícia (GRAÇA CALDAS: 2003)
Notícia = Relatos de acontecimentos que organizam, reorganizam ou desorganizam a realidade (GRAÇA MONTEIRP: 2003)
Noticiabilidade = Conforme Wolf (1995, p.170), trata-se de um conjunto de requisitos relativos aos acontecimentos – do ponto de vista das rotinas de produção e da ideologia profissional dos jornalistas – que lhes conferem as características básicas de uma notícia. Um evento insólito, inédito, já conta com atributos poderosos para que seja conduzido às páginas dos jornais.
Notícias Virtuais/ Webjornalismo = Conteúdo dos sites de notícias. Textos curtos, possibilidades quase infinitas em pesquisas em bancos de dados e links relacionados. No cotidiano das assessoria de Imprensa, representa, significativamente, ampliação do meio e demandas por informações de última hora. Normalmente, há intensa migração de conteúdo de um site para outro.
Papagaio de Pirata = Pessoas que aproveitam o assédio da imprensa a uma autoridade ou personagem, para também aparecer nas fotos ou nas imagens. São os chamados “Papagaios de Pirata”, porque, normalmente, colocam a cabeça à altura dos ombros da personagem central. São um problema para os editores, uma vez que podem prejudicar a plasticidade da imagem.
Passivo de imagem = Prejuízo acarretado para a credibilidade de uma empresa, decorrente de exposição negativa prolongada ou recorrente, na mídia. O passivo de imagem é tanto maior ou mais prejudicial quanto menor for a habilidade da empresa em lidar com situações de crise, nas quais sua idoneidade – ou de seus executivos – seja questionada pela empresa (FORNI: 2003).
Pauta = Agenda dos assuntos que são previstos na cobertura jornalística.
Plantar Notícias = Propor a um jornalista (especialmente colunistas) menção a determinados fatos de interesse estrito da fonte. Ou seja, fatos que normalmente não têm conexão com o interesse público, mas somente com necessidades imediatas de visibilidade. Prática em desuso, por seu comprometimento ético nas modernas assessorias de Imprensa.
Produtor de Conteúdo = Termos associados ao advento da internet. Diz respeito aos profissionais ou empresas fornecedoras terceirizadas que abastecem os sites mantidos pelas empresas, com notícias e outras informações.
Publicação de Degustação = Termo que designa uma publicação não-amparada por indicadores consistentes “de mercado” : boa quantidade de vendas e de assinaturas, tiragem numericamente significativa, entre outros critérios. Trata-se de jargão usado por empresas de distribuição e de venda de anúncios. Uma revista de degustação, por exemplo, não tem características comerciais que viabilizem sua exposição massificada em grandes redes de bancas e livrarias.
Relações Públicas = Atividade que se pauta pela necessidade de manter, por meio de ações, sistematizadas, o “bom conceito” de uma empresa com seu público de interesse. Seu início (cujas raízes alguns autores reportam ao século 18) coincide com a crescente importância da modernidade do papel das empresas diante da manutenção da ordem e do equilíbrio social, muitas vezes ocupando um espaço que antes era quase exclusivo do Estado. Trata-se de uma responsabilidade que, se acentua na era pós-industrial, quando muitos autores (especialmente IANNI:1999) conferem às empresas o atributo de sujeitos principais do movimento de internacionalização da economia.
Release = Material distribuído para a imprensa sobre assunto a qual se pretende dar divulgação. Respeito à linguagem específica dos diferentes veículos e à estrutura discursiva básica do texto jornalístico (DUARTE: 2003)
Revista Customizada = Publicações de larga tiragem, ampla distribuição e conteúdos editoriais muito assemelhados aos de revistas de mercado. As revistas customizadas (do inglês custom, feito sobre encomenda), no entanto, são quase totalmente pagas por determinada empresa e não pela venda de anúncios diversificados – que as utiliza também, como instrumento de Marketing Institucional. Estão presentes, com exemplos importantes, no cenário da mídia brasileira. Exemplo: Revistas Veredas, publicadas pelo Banco do Brasil.
Sala de Imprensa = Sites específicos, desenvolvidos com o objetivo principal de aprimorar por meio de novas tecnologias, o relacionamento entre fontes – normalmente, institucionais ou empresariais – e jornalistas. Nas salas de imprensa, os jornalistas podem encontrar bancos de dados, informações de última hora sobre uma empresa, ou mesmo participar de entrevista on line com executivos disponíveis como fontes. A tendência é de aprimoramento constante das salas, que passarão a oferecer “pacotes segmentados” de informação, de acordo com a área de cobertura de cada jornalista, por exemplo.
Separar o joio do trigo = O bom jornalista deve ter habilidade de, entre a grande quantidade de informações que recebe, selecionar aquilo que realmente importa à sociedade. A partir dessa noção, ironicamente, diz-se que o jornalista é um profissional que “separa o joio do trigo” e “publica o joio”. A anedota atesta que o conflito e a polêmica são as bases inescapáveis de sustentação do discurso jornalístico, ao mesmo tempo ressalta os preconceitos estabelecidos na cultura jornalística, catalisadores de um tipo de niilismo recorrente da cobertura noticiosa.
Timing = Controle do ritmo, da velocidade. O jornalista é um profissional que trabalha sob pressão, em ritmo acelerado, normalmente açodado por horários-limite e pela necessidade de publicar o fato novo antes que a concorrência o faça. Entender o timing do trabalho jornalístico é condição fundamental para que a fonte possa intervir, com sucesso, nas rotinas produtivas da notícia. A visibilidade de uma fonte muitas vezes está associada à capacidade de administrar a informação disponível, no tempo solicitado pelo jornalista.
Turbinar a informação = Transformar em essencial ou espetacular, um tema a princípio, irrelevante. Trata-se de agregar atributos a um fato corriqueiro, de modo a despertar o interesse da mídia.
Vazamento = Divulgação extra-oficial de informação institucional, para colocar a fonte em situação vulnerável, para testar a repercussão do assunto ou com um objetivo estratégico para a organização.
Workshop com jornalistas = Alternativa que vem sendo utilizada pelas fontes institucionais e corporativas para a aproximação, cooperação e relacionamento com jornalistas. Trata-se de reuniões formais de trabalho em que os executivos de uma empresa recebem jornalistas para auxiliá-los, com a transmissão de expertise e conhecimento técnico, na cobertura de determinados temas. Nos workshops com jornalistas, os executivos tratam dos assuntos de forma abrangente, sem necessariamente, fornecer dados da própria empresa, como exemplos. É o caso de cursos rápidos sobre formação de resultados, análise de risco, marketing e outros temas.
Workshopmídia = Versão resumida do media training. Trata-se de uma reunião de trabalho – com duração de um dia ou menos – em que são discutidos temas relacionados ao atendimento às demandas da mídia e ao contexto jornalístico do momento. Normalmente, os workshopmedia reúnem executivos do alto escalão da empresa, sem disponibilidade de agenda para treinamentos mais longos.
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