Exercício:
Baseado no texto abaixo avalie quais as principais interferências provocadas pelo clientes que querem desenvolver o papel de jornalista na coordenação do trabalho do asssessor?
Todo mundo se acha jornalista
Não surpreende que um dia isso acontecesse. Toda e qualquer pessoa tem a mania de achar que sabe tudo de jornalismo. Assim, para que diploma, por que uma faculdade para preparar alguém para ser jornalista? Qualquer entrevistado que não tenha gostado do que você escreveu na matéria se acha no direito de querer ensinar como "a reportagem deveria ter saído". "Você tem que dizer isso assim, aquilo assado", tentam ensinar outros, na hora da entrevista. "Acho que você deveria abrir com isso", dizem alguns. "Isso não é o mais importante" (para os interesses dele, óbvio!). Sem contar as conversas de boteco: quando ficam sabendo que você é jornalista, vêm com mil e uma pautas. "Você tem que fazer uma matéria disso!", é a frase mais ouvida.
No entanto, não lembro de ter ouvido algum colega, mesmo os mais "sabidos", comentar que ensinou a um dentista como fazer uma obturação, ou a um engenheiro o quanto de ferro seria necessário naquela estrutura. Mas na nossa profissão qualquer um mete o bedelho. Se alguém pegar uma petição e tentar corrigir os erros de ortografia, concordância e outros, vai morrer. De rir ou de chorar, mas vai. No entanto, a mesma besta que escreveu todas aquelas besteiras se acha no direito de te ensinar a escrever.
Essa história da obrigatoriedade do diploma ferir a liberdade de expressão é uma balela. O que se exige é um diploma para as funções jornalísticas. Se você é um economista, um político, médico, advogado ou o que quer que seja, poderá ser um colaborador. Quase todos (senão todos) os jornais têm espaço para essas pessoas exporem "sua opinião". Basta ter o que dizer.
Fonte: Observatório da Imprensa, Marcelo de Oliveira Santos, jornalista
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